sábado, 18 de agosto de 2012

WHITE BRIDE - GREEN IRELAND

Nas Eras Antigas dos anos 50 do século passado, quando sobre Portugal ainda pairava uma neblina de ecência e de Amor à Pátria nós, os adolescentes, sonhávamos com as Lendas do Rei Arthur, com o lendário Santuário Celta de Camelot, com os famosos Cavaleiros da Távola Redonda, com a Ilha das Brumas. Quem tinha o privilégio, nesses recuados tempos, de atravessar o Canal e olhar de frente As Brancas Falésias de Dover, porta de entrada para o lendário Condado de Kent nunca mais se esquecia da paisagem de sonho dos verdes campos da Anglia, os magestosos carvalhos à sombra dos quais foram coroados reis e se reuniam os Senhores da Magia Antiga, os sacerdotes Druidas. Mais tarde, já mais velhos, mas ainda quase adolescentes fomos como que hipnotizados pela luta épica de um outro Reino de Magia, a Irlanda de florestas sombrias e profundas, de grandes prados de um verde surreal, a Pátria dos Duendes, essas criaturas lendárias que habitavam as florestas e visitavam os nossos sonhos. A Irlanda da nossa imaginação. Nos nossos anseios de Justiça víamos a Verde Irlanda como a guerreira lendária que se batia há séculos contra o poderoso Leão Inglês. A sua b que aqueceu os nossos corações e sobreexcitou o nosso imaginário. A Terra dos Santuários Druidas, dos lagos profundos eivados de lendas, a Brava Irlanda lutando contra o gigante britânico. A Irlanda da Grande Fome, a Irlanda do Grande Êxodo para a América, a Irlanda que sózinha se bateu durante séculos contra a mais poderosa nação da Terra para ganhar a sua Liberdade e a sua Independência. A Irlanda hoje é como nós, os Portugueses, mais uma vítima do Capitalismo selvagem que enlouqueceu toda a Europa, a América e o Oriente. A única diferença é que Portugal é um Corno Manso no xadrês das nações ocidentais ao passo que a Irlanda além de ser geneticamente mais forte, civicamente mais aprumada e politicamente mais consciente e culta mantém em fogo brando todo o Estoicismo e a Bravura dos Povos dignos de serem imortalizados pelos Bardos de todas as Eras.

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