AS NOITES DA LUNDA

NINGUÉM COMO EU / ENCHEU O PEITO INTEIRO / O PEITO TODO E A ALMA / DOS AROMAS E DOS RUÍDOS ESTRANHOS / QUE AS MÃOS DA NOITE/ DA NOITE QUE SUBIA DO LUACHIMO / TECIAM NO MEU ROSTO E NO MEU SER / UM SER QUE A LUNDA EMBRULHOU / NO9 SEU PANO AMARELO E CASTANHO / E EU ALI PERDIDO NAQUELAS NOITES DE MAGIA E PERFUMES / CHAMAVA DE MÃE À TERRA VERMELHA / E AOS MUXITOS SOMBRIOS E HÚMIDOS / EU ERA QUASE UM MENINO CIRCUNCIDADO PELAS MÃOS DA LUNDA/ NUM ACTO DE MAGIA/ É HOJE ESTRANHAMENTE/ NA SOLIDÃO DA NOITE / QUE O MEU SER / INSISTE REVIVER/ ESTAS NOITES / EM QUE ME DESPRENDIA DE MIM MESMO/ E PARTIA COM SANJINJE/ EM DIREÇÃO AO SOL/ QUE NASCIA TÃO PERTO DE AMBOS/ MESMO LÁ AO FUNDO DA PICADA E A BENÇÃO DO SANJINJE É A MINHA PROTEÇÃO. (Quinto Barcelos)