segunda-feira, 6 de agosto de 2012

OS DEPUTADOS E AS LEIS QUE NOS CORRÓIEM

20:38 horas. Na SIC Notícias uma jornalista em entrevista de rua  de rua visita bairros tradicionais de Lisboa e, a certa altura uma senhora com uma excelente fisionomia mas com aspeto de ser de fracas posses tem este desabafo inimaginável de se ouvir e de ser proferido num país europeu civilizado:

        -   ""os idosos deste bairro vivem como animais".

A idosa explicava que com a redução do desconto de 50% que havia nos passes sociais para os idosos aposentados e, o novo aumento de 10 euros na mensalidade dos passes muitos idosos não têm mais dinheiro para adquirir um novo passe logo, ficam confinados à sua rua, ao seu bairro, ao banco de um jardim - se houver jardim e se houver bancos.

Os jornalistas dependem dos fortes Grupos Económicos que compartilham com Políticos e Partidos com forte capacidade de acção política, económica e financeira interesses comuns, muitos deles desviantes como é a obstrução à investigação jornalística de figuras consideradas de relevo quando suspeitas de fraude, corrupção, enriquecimento ilícito, trocade favores para beneficiarem de contrapartidas que, no seu contéudo são prejudiciais ao Bem Público. Mas, em contrapartida, so canais informativos e os jornais são incentivados a darem o máximo relevo, a maior cobertura informativa possível sempre que um Departamento Criminal ou um Agente ds Autoridade deixa de ser um "carneiro" obediente e procura zelar com mais patriotismo pela SEGURANÇA DOS SERES MAIS FRACOS DA NOSSA SOCIEDADE.

Mas, como tudo na Vida, há um explicação objectiva,  logo visível, logo visível e mensurável para justificar e explicar estas atitudes de desinformação da Opinião Pública, este "status quo"de manter ativo e quente este pântano político e social: AS LEIS EXISTENTES.

Qualquer cidadão relativamente bem informado, qualquer jurista inócuo aos convites de adesão à desordem ativa contida nos nossos diversos Códigos Penais constata que, ao contrário das leis americanas, britânicas, alemãs ou até de Singapura (um exemplo modelar de Respeiro pela Ordem e pelo Progresso) as Leis Portuguesas são pensadas - ao pormenor - para, quando postas em prática poderem oferecer aos advogados, à Magistratura em geral "n portas de saída de emergência" para todos os que prevaricam, são poderosos, têm aos seus pés os chamadosGrandes Mestres da Nossa Advocacia.  Não se condena com a severidade equivalente ao dano causado nem um "tubarão" que sacou ao Fisco milhões durante anos a fio. Não se vê um malandro bem cotado na Bolsa de Valores do Jet Sete ir a julgamento algemado, ficar na prisão, ser condenado a 5, 10, 15 anos de prisão efetiva e...imediata. NEM UM! As Leis Portuguesas seguem a "arquitetura do coador de chá", ou da rede de pesca. Há sempre "um buraco" por onde o marginal chic se esgueira bem aconselhado por uma equipa de advogados de luxo e, depois de meses e meses a derreter-se o dinheiro dos contribuintes (que iria permitir não aumentar os passes sociais) os Mewritíssimos Juízes, os intérpretes dessas Leis, são obrigados a clamar nos textos das sentenças que: "não foi feita a prova necessária e suficiente" dos delitos imputados a A ou B, ou "devido ao somatório dos recursos apresentados pela defesa do arguido o prazo para a efetivação do julgamento prescreveu.

Mas, quem idealiza, quem imagina, quem tece esta teia neuronal, quem recria este puzzle jurídico capaz de pôr os olhos dos Juízes em bico, capaz de transformar inocentes em difamadores, capaz de estimular os BONS MALANDROS a, ano após ano, década após década, irem descarnando a riqueza da Nação, a seiva do nossos Sistema Económico-Financeiro de, ano após ano, década após década, destruirem maldosa e premeditadamente o Futuro de pelo menos duas gerações, de arruinarem o que restava do pouco conforto e da Dignidade de centenas de milhares de idosos e de transformarem este País que podia ter sido o Esplendor da Europa no Povo Sem Vergonha nem Rumo da União Europeia. "Portugal portou-se mal" afirmam revoltados os nossos Governantes Estrangeiros. E quando este Presidente da República afirma dentro do seu elegante fato escuro e com o seu ar de filósofo da ágora do Rossio que..."Portugal é um país soberano",  a sensdação que a maioria do Povo deve sentir é a de que, ou se está a contar uma anedota, ou se nos estão a enfiar um barrete com orelhas de burro. Para a Classe Política (desde a I República) o Povo é manhoso, bêbado e burro.

Mas afinal, quem idealiza estas "leis de cancela aberta"? Obviamente que em Portugal como no resto  da Europa, como noutros Continentes, quem faz as Leis são os Parlamentos. A tal Casa do Povo., o Ninho da Democracia. E, quem habita a Casa do Povo são...os Deputados, machos e fêmeas. E por muito que se "insultem" diante das televisões, e por muito que se "acusem ferozmente" nos programas televisivos, apesar desta Divina Comédia em 4 coisas eles estão tácita e perpetuamente de acordo e unidos por uma espécia de silencioso "Juramento Secreto de Unidade". São elas: 1ª nunca permitir que se  reduza o número atual de deputados de 280 (serão ainda mais?) para 150 que é o número racional e absolutamente suficiente confirmado por especialistas idóneos. Número eficaz para bem se gerir este nação em declínio demográfico e com o Interior a apodrecer; 2ª criarem-se sempre leis que salvaguardem os Grupos Sociais que alimentam e protegem os Partidos (não é de todo um Milagre de Fátima haver  multimilionários a darem uma mãozinhas bem gorda às Esquerdas intelectuais e chics deste País); 3º Unirem-se ferozmente para evitar qualquer redução dos seus privilégios e regalias salariais e profissionais e, finalmente, a 4ª tem a ver com o aparelho digestivo parlamentar:  unirem-se eficazmente para que,  nos locais de restauração do Parlamento do País com dois milhões de pobres e uns 500.000 mil famintos haja, sem quebras de qualidade, de quantidade e a baixo preço os melhores manjares, as bebidas mais refinadas, os vinhos mais premiados, os whiskies mais antigos - em resumo: terem sempre um tratamento TOPO DE GAMA. E nem o nosso fofo Bloco de Esquerda se ergue, qual Viriato heróico veio a terreiro  a reclamar contra o despesisno da alimentação dos Deputados e seu staff. É o vens...    

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