quinta-feira, 29 de março de 2012

A TRAIÇÃO NÃO TEM PÁTRIA, COMO O DINHEIRO.

Há uns anos atrás era figura importante na Assembleia desta República um auto apelidado de democrata, figura muito ligado aos fados de Coimbra e outras invocações académicas. Como a nossa licenciatura e a pós graduação foram construídas na Universidade de Coimbra e aí vivemos anos muito felizes - os mais felizes - primeiro, dos 4 aos 9 anos (vivendo na rua Figueira da Foz em frente à moradia dos Maias) quando a Alta, toda caiada de branco, se nos figurava um imenso presépio e anos mais tarde, inícios dos anos 70, já casado com Professora de Clássicas do Liceu Nacional Infante D. Maria (grande Casa de Ensino e Cultura!) aí nos radicamos e retomamos os estudos, Coimbra era para nós, além de um Lar muito amado, uma Cidade digna do maior respeito. Lembrá-nos, por altura de finais de 80, se a memória não nos trai, de sugerir a essa Democrática Criatura que fizesse pressão junto da Assembleia da República para que fosse concedido à Cidade de Coimbra um Estatuto especial similar a, por exemplo: Cidade da Ciência e da Cultura. Teria um mais apertado controle urbanístico, uma mais sistemática protecção aos seus monumentos, maiores investimentos na Investigação a nível de todas as Faculdades e Artes, protecção ambiental, controle de tráfego mais apertado, mais zonas verdes e lúdicas, maior incremento ao intercâmbio científico,  incentivos avultados ao Turismo, aumento do número de institutos, laboratórios, parques temáticos, apoio da Universidade aos estabelecimentos de ensino não universitários, forte aposta no Desporto Universitário e, transformar Coimbra e a sua área envolvente numa Reserva Protegida. A ideia/sonho podia até ser absurda mas a intenção era honesta e, já D. Pedro, filho de D. João I, na sua deambulação pela Europa do Norte, no século XV,  se maravilhava com a protecção régia concedida às universidades e, com a sua localização fora das cidades porque reflectia  "que as cidades não permitiam aos estudantes, dados à boémia, um estudo verdadeiramente concentrado  " (as palavras são nossas). Penso que ganhava prestígio o País por ter uma cidade praticamente "quase exclusivamente académica", como, por exemplo, a deliciosa Heidelberg, ganhava o comércio de Coimbra com, provavelmente, mais visitantes - e mais cultivados, criava-se, provavelmente, toda uma nova indústria ligada à investigação, ao fabrico de aparelhagem especializada, aumentaria o número de investigadores, de matemáticos, de estudantes, de intercâmbios, de simpósios e congressos.

 Se a Nação abre a boca de espanto pela grandeza da Fundação Gulbenkian (e com justa razão), se o Povo se orgulha da pujança e da modernidade da Fundação António Champallimaud e com justa razão, talvez o País no seu todo se sentisse mais forte e mais próximo dos grandes povos nórdicos se tivesse, portas dentro, uma "verdadeira jóia" do mais puro Saber.
Respendeu-nos o pseudo democrata (porque desconheço obra sua feita em prol dos que mais sofrem, mas, provavelmente, bem empenhado no seu auto bem-estar a longo prazo) que: "Coimbra era uma cidade como todas as outras e não havia qualquer motivo para ter um estatuto de excepão". Nós pensávamos que seria antes um "estatuto de utilidade pública".

Fico feliz ao ler as vitórias conseguidas sobre as doenças e os inventos de primeira qualidade que os investigadores das nossas diversas Faculdades e Institutos criam, com tão poucos apoios, tão pequena gratidão oficial, e, MUITO PARTICULARMENTE com o absoluto alheamento destas vitórias por parte duma Assembleia da República em que uns 80% dos deputados "entram mudos e saiem calados" e os restantes 20% (mais coisa, menos coisa) enveredaram por uma praxis doentia, esquisita e anti-social de "um dizer mal" permanente, sistemático, vicioso da Oposição a qualquer Governo. Era ontem o "bota abaixo" da Oposiçao ao Governo PS, é hoje o "bota abaixo" da Oposição tradicional mais o PS ao actual Governo e assim será porque o Povo é tacanho e futebolista convicto e os Cidadãos com maios formação cívica e um Patriotismo mais apurado já viraram as costas a esta política de Parque Mayer.

 Passar bem e bom apetite, se for deputado, ministro, secretário de estado, CEO duma destas empresas que já são conhecidas...chauffeur de político e por aí fora-

quinta-feira, 22 de março de 2012

A BELEZA DAS COISAS

Sanjinje, meu Irmão Quiôco, dorme em Paz.

Gostava de viver num País solidamente culto e com Amor profundo pela Arte. Um País com várias cidades desenvolvidas, com belas salas de concertos, com uma população culta, com ar próspero e que enchessem as salas de espectáculos para ouvir grandes concertos, grandes executantes, ver os mais inebriantes bailados, as mais inovadoras exposições de pintura e de escultura. Tenho tanta vergonha de viver num país com tanta gente parva, boçal, malcriada, um país com apenas, pasme-se, UMA ÚNICA GRANDE CIDADE!
 Mudem a capital pata Castelo Branco, porra!
 Lisboa é a maior maldição deste país! Devora tudo! O dinheiro, as grandes exposições (à nossa escala, obviamente...), os meetings internacionais, as grandes conferências. E ainda por cima...a Fundação Gulbenkian não gosta do Porto. Detesta o Porto. Gasta milhões a caiar as casinhas da Ilha de Moçambique, ou a dar lustro aos canhões de Malaca mas, com tantas centenas de obras de arte "em depósito" nos armazens das caves e com tantos biliões que recebe dos tais 5% do petróleo do Iraque bem que podia (deveria) honrar a segunda cidade da Mãe Pátria com um Museu de razoável qualidade. E TEM DOIS ADMINISTRADORES, PELO MENOS, DO PORTO (um deles meu antigo condiscípulo no Colégio Almeida Garrett, nos anos do Mário Sotto-Mayor Cardia, do Francisco Sá Carneiro, do Mário Cláudio, do Cálem, de tantos jovens idealistas e sonhadores, protegidos por Directores de excelência, o Reverendo Padre Guimarães Dias, o Reverendo Padre Adão -  uma alma tão doce que ele tinha! -, o Engenheiro Vieira de Araújo, o Engenheiro Vasco Teixeira entre outros). O Porto implodiu completamente. As ruas com um ar sujo e decadente, as fachadas dos prédios vandalizadas com grafites porcos, milhares de lojas fechadas, as ruas gloriosas de um comértcio florescente de há 70, 60 anos cheias de esterco e de marginais, o nosso Porto do Palácio de Cristal com os seus bailes de gala servidos com talheres de prata, o Grande Porto, com os seus admiráveis palacetes, como Amesterdão, Vioena de Áustria ou Colónia - destruiram tudo. Esta CORJA que se infiltrou no sangue da governação, estes virus que apodreceram as raízes, a alma e a seriedade de um Povo com Honra! A nossa admissão na CEE festejada a champagne por aqueles que sabiam que iam engordar ainda mais foi o golpe final no meu País, na minha Pátria, no meu Povo. E os mais novos? O que lhes vai acontecer? Lembram-se quando os "politiqueiros" nas eleições grasnavam alto e bom som: OS NOSSO JOVENS SÃO A NOSSA MAIOR RIQUEZA1

Oxalá que ardam todos no Inferno da História, como os - eucaliptos que alguém decidiu cobrir todo o paíos, para que asd aves não façam ninho, os veios subterrâneos de água se esgotem, o País arda com o óleo dessa árvore maldita e as celuloses (que os países sábios rejeitem) engordem com os lucros da pasta de papel.
 Quem é quem que anda por aí a pregar moral, com uma máscara à Moisés e fechou os olhos à destruição da nossa frota de pesca, à destruição da nossa agricultura, ao enterro da nossa Pàtria. Quem enriqueceu e quem empobreceu? Quem vai comparecer diante da Justiça? Leiam de nova Guerra Junqueiro e não esqueçam: uma República foi implantada com as mãos sujas de sangue, outra com as mãos cheias de prepotência e esta com a alma cheia malícia e de ganância. Boa noite (00:53).

VAMOS DESTRUIR PORTUGAL ?

A CGTP mandou fazer mais uma greve. O novo Secretário Geral, provavelmente "sindicalista a tempo inteiro" já não deve trabalhar na sua profissão inicial há anos. Se estou errado, peço perdão. O anterior, luzidio e bem alimentado e bem vestido doutorou-se com a fina flor dos seus "adversários" a aplaudir. Se estou errado, peço perdão. Não trabalhou na sua profissão de origem mais de 20 anos. Que me perdoe, se errei. Fomos dirigentes sindical por duas vezes, fora das horas de trabalho, depois de dar todas as aulas, de ver todos os testes (exercícios de avaliação) e de NUNCA TER COMIDO UMA REFEIÇÃO Á CUSTA DAS COTAS DOS TRABALHADORES. (Sei do que falo).

Como licenciado em História Económica, pós graduado e mestrado (e até condiscípulo de colégio do Carlos Carvalhas - um abraço Amigo para ele) põem-se algumas questões sobre quer a Intersindical, quer sobre a UGT. Aqui vão elas:

1ª - quantas empresas em dificuldades  foram salvas e continuaram a funcionar graças ao apoio e solidariedade das Confederações Sindicais com os seus Irmãos Trabalhadores?
2ª - Quantos diálogos bem sucedidos aconteceram entre Dirigentes Sindicais, Patronato e Governo, desde 25 de Abril de 1974?
3ª - Quantos milhares de Trabalhadores devem a segurança dos seus postos de trabalho graças às intervenções pragmáticas, pacificadoras e dialogantes, exemplares mesmo?
4ª - Os Dirigentes das Intersindicais são Patriotas responsáveis e estão absolutamente dispostos a ajudarem a Nação a vencer a crise ou, no íntimo, apostam na "guerrilha laboral" para justificarem a sua existência?
5ª - Qual é o salário individual dos dirigentes sindicais?
6º - Porque não são rotativos os cargos dirigentes? Quatro anos, por exemplo?
7º - Ser dirigente sindical a "tempo inteiro" é um tacho?
8º - É uma "desonra sindical" a CGTP reunir-se a sós com o Primeiro Ministro e a Ministra da Justiça e, durante as horas que fossem precisas chegarem a um acordo de uma Paz Laboral por um ano?
9º - O Partido Comunista manda "de facto" na Intersindical (mesmo sendo o único Partido Comunista ainda existente na Europa Democrática?

Um abraço amigo e, votos sinceros de que cada um de vocês retorne ao seu posto de trabalho, seja sindicalista fora das horas de trabalho, como eu fui e comece a ajudar o vosso País a sair da crise. É um bom exemplo que dão aos vossos filhos e aos desempregados. Outro abraço.

domingo, 18 de março de 2012

O CULTO DOS MORTOS

18-03-2012 (23:53), DOMINGO

Há Eras atrás as crianças desde muito novas aprendiam a venerar a memória dos que partiam e a respeitar e a ouvir com atrnçao os ensinamentos dos mais Velhos. A Arquitectura da Socieade Humana assentava na Sabedoria dos mais velhos e, em todas as grandes Civilizações o Conselho Administrativo das cidades-estado, ou os Conselhos Consultivos dos soberanos eram constituídos, por súbditos já de idade avançada.
A morte de um idoso líder duma comunidade, sacerdotedum templo ou conselheiro de um governante era considerada uma grande perda para o Estado. Hoje os jovens assumiram a liderança da Família, da Escola, da sua rua e lutam pelo domínio, "in latus sensus", do seu bairro. Para já...
A Família desapareceu fragmentada, exposta a leias constantes e primárias; os avós enquanto podem ajudam, em tempo disponível mas de boca sempre fechada para não serem acusados de "empecilhos," que vão obstruir o futuro incerto dos mais novos. Incerto e duro, duro e fálicamente solitário e cruel o tempo que os mais novos têm de sobra mas, sem se empenharem em cooperar com os seus e a sua terra. A História sempre se vai colando às angústias de quem deu sem pensar em cobrar. Até amanhã. Durmam acreditando que tudo irá, um dia, compôr-se e o Planeta salvar-se, "in extremis". (00:17)
perder o terreno que a Bíblia

sábado, 17 de março de 2012

ÁFRICA 21 O ANO DE TODAS AS ELEIÇÕES

(Porto, sábado, 16:22)
Ora cá estou eu, aos 72 anos, "do outro lado de lá do Atlântico vivendo o dia a dia angolano. É bom, é mesmo muito bom|
Página 29: "Quem manda, manda" e o retrato de du7as figuras carismáticade Angola e de toda a África: o engenheiro José Eduardo dos Santoa e, outro engenheiro (por quem nutro uma particular simpatia afectiva). Manuel Vicente.

Mas, punhamos ordem na casa, isto é, no texto. Este "velho" bebedor de Cuca (apedido da minha filha) e de Nocal sempre desejou que Os Portugueses e Os Angolanos caminhassem de mãos dadas e que o "chão" das duas nações fossem um só chão e um SÓ BERÇO porque já é tempo dos jovens de ambas as Pátrias se amarem, casarem, terem filho.

Ah, se eu fosse mais novo!!! Se este Velho tivesse menos 20 anos não estava aqui a ver os estupores dos automóveis e camiões a passarem, dia e noite, na VCI.

Na África 21 referem-se eventuais discordâncias surdas quanto às decisões tomadas pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Há um filósofo português, felizmente vivo, o gande José Gil, considerado a nível mundial uns dos 20 maiores pensadores do nosso tempo que, há uns 3-4 anos, num artigo extenso no Jornal de Notícias dizia que uuma das maiores con sequências do atraso e da crise portuguesa era--- a INVEJA HUMANA. só um santo ou alguém com uma alma Enorme, fica feliz com a fe3licidade do9 seu vizinho.
A admissão de Manuel Vicente, até aqui um aoolítico pelo menos exteriormente), um tecnocrata de sólida competência tecnológica, no organismo dirigente angola dar-lhe um tónus, um vigor e um pragmatismo (eficiênci) que, a breve prazo irão fazer de Angola o Árbitro de toda a África.
Ninguém, na lusofonia, conhece melhor o9s tiques da Oposiç~
ao do que nós. Pode conhecer num grau igual, mas não os conhece melhor. Já no Dundo e em Andrada eu devorava todos os jornais, seleccionando os artigos de opinião preferencialmente. Passei a pente fino a biblioteca da Casa do Pessoal, do M useu do Dundo e a do Laboratório de Investigação Biolágica (L.I.B.) dirigido pelo grande cientista e catedrático Professor-Doutor Barros Machado. Já em Coimbra ao tirar os graus de Bacharelato (qaue ainda existia), de Licenciatura em História Económica e a pós graduação li, reli e continuei a reler livros de aquisição normal e os mais raros e antigos guardados na Secção dos "Reservados". E tive um ano sabático para analisar e esdcrever a Reforma Pombalina da Faculdade de Medicina. E escrevi toda uma Hisória da África da Pré-História à Conferência de Berlim, que entrou no prelo da Editora Atlântica (Coimbra) de Freitas do Amaral quando, com a gloriosa Confusão do 25 de Abril, "deu o afa", kaput, estourou! Mas, a par destas leituras de estar o dia inteiro em bibliotecas, lia e leio os melhores Semanários, do Tempo, Independente e Expresso, ao actual Sol, à Áfri9ca, à Focus ou à Visão. E vejo quase todos os programas televisos, uns de "escárnio e mal dizer" e outros, como os do António Barreto, com autêntica veneração. Agora ando agarrado a textos de pesquisas para  o mestrado que fiz, com a nota máxima, orientado pelo ex-Reitor da Universidade do Porto, Professor Doutro Luís de Oliveira Ramos  sobre O Brasil Civil e Religioso na 1ª metade do XVI, com particular ênfase na acção dos Jesuítas.
A imprensa portuguesa tem noticiado alguns problemas - de índice pessoal -, note-se muito bem,  com algumas personagens de algum relevo da sociedade angolana. De um lado estão so Povos e do outro, pode/m estar, eventualmente pessoa/s particular/es. E se, em qualquer parte do mundo -cada um responde por si- penso que, se eu comprar 10 andares, ou dois campos de golfe, ou seis puros sangue árabes, não me faltava mais nada que sentar-me diante de alguém que, como dizia Camões, "Não tendo Engenho nem Arte" me quer tirar as cuécas! Abençoados aqueles que vêm à minha Terra e a querem ajudar a sair deste lodaçal. E o Engenheiro Manuel Vicente sabe do que eu falo.

A ~"atribuição duma concessão de diamantes a uma empresa..." (vidé África 21, nº 61, pg. 32) fez-me reflectir sobre três áreas: A - Preservação (sustentabilidade a longo prazo) dos recursos energéticos de angola tendo em vista a) a avidez das super potências no seu próprio bem-estar; b) que legado/recursos deixarão os "Angolanos mais velhos aos seus próprios filhos e netos;

 B - Uma Política Avançada de prosperidade provincial - reconstruindo cada Província, dentro dos seus moldes tradicionais  com políticas sectoriais de grande qualidade e avanço social e tecnológico rm todas as áreas, da Educação (moderna e responsável), à Saúde generalizade (como asonhava o meu grande amigo e militante do MPLA o médico Santos David, com clínica no Huambo barbaramente assassinado, à extracção mineira, em moldes rácios ponderados pensando no Longo Prazo e na sobrevivência da Economia do Futoro (e cada mineiro -ser um FUNCIONÁRIO com direito a Segurança Social, casa, Sistema de Saúde Estatal, para ele e família directa, Formação Profissional de 5 em 5 anos e esolaridade garantida para os filhos). E se Cabinda será o grande porto de escoamento petrolífero, o nosso saudoso Lobito será, a par de Luanda, um grande porto receptor de bens e um Parque Tecnológico ímpar na África Ocidental;  C - A solidez económica, financeira, política, a sua paz social (fruto ao livre acesso a uma Educação gratuita até ao 12º anos,   acesso a empregos e bens de consumo, a um Sistema de Saúde de qualidade comprovada), o elevado grau de prosperidade económica, o desenvolvimento das Técnicas e das Ciências  e um sistema de Justiça credível a 100% e rápido (a Drª Francisca Van Dunen pode ser uma Conselheira exemplar) tudo isto no "mesmo cesto) com  excelentes equipas a funcionar em multidisciplinaridade - bom, em 20 anos Angola ultrapassará de longe a África do Sul (a resvalar lentamente para um Brasil dos anos 70/80) e tornar-se à, não apenas no árbitro de toda a África sub-saariana como numa potência regional (A Potência Regional), no bom sentido.  (17:45)

Saudações amigas ao Engenheiro Manuel Vicente, que irá ser um dos Obreiros da "Angola dos Netos", e um abarço tão amigo a Todo esse Grande Povo. E, não esqueceis nunca os meus Amigos da Lunda. Môio ué. Professor José António Quinto Barcelos (918.111.995/ e:mail: pçrofessorbarcvelos@gmail.com  

quinta-feira, 15 de março de 2012

O SONHO QUE NÃO FOI REAL

(15-Março de 2012 - 5ª feira - 18:45)

És Enya e São /
Simultaneamente /
Ambas os mesmos lábios rubros /
Entreabertos pela avidez da vida /
Acesos os olhos num fogo  inesquecível /
É o vermelho rubro que cobre ambos os corpos ágeis /
Pequenos os seios que o espírito guardou /
Nas mansas águas do Mondego /
O rosto  duma doçura firme como Atenas /
Duas luzes eternas brilhando no Firmamento do Passado /
E o meu ser ainda incrédulo /
Por esse sonho que podia ser real /
E que perdi.

(18:58 - depois de ouvir Enya)
DANÇA COM LOBOS E A CRUELDADE DO HOMEM BRANCO

(15 de Março de 2012 - 18:13)

Onde havia florestas e rios, onde havia Liberdade e Pureza o Homem Branco urinou sobre a Terra Virgem e onde jorrava a água límpida nasceram nascentes de sangue dos inocentes.
Procuro em vão avistar nos céus o bailado nupcial das águias e nas noites de inverno ouvir o chamamento dos lobos. Por toda a Terra-Mãe a máquina industrial ceifa a vida, derrete as montanhas, conspurca os rios mais sagrados e decepa os velhos carvalhos e oliveiras. A gula humana vai desencadear as Forças da Natureza e as metrópoles serão no alvor do Amanhã novas colinas.

A Beleza da Vida Natural é tão sublime que só um povo enlouquecido e minado pelo Mal foi capaz de manchar as mãos no que era puro e fértil.
Uma serra mecânica compara-se à beleza duma flor ou à dança dos golfinhos? Vão sofrer tantos
inocentes! (18:23)

A MEMÓRIA DOS HOMENS É A MEMÓRIA DAS ERAS

(Porto, 15 de Março de 2012 - 5ª feira, 14:14)

As leituras que faço dizem-me que o Destino da nossa Morada está decidido. Dentro de um milhão de anos os vest+igios da nossa presença na Terra, a Memória das Eras, estará cremada pelo aumento do calor solar. Escrevemos porque nos alivia, esculpimos porque nos pedem, curamos ou matamos porque é essa a nossa missão como seres obedientes, aos outros homens ou à nossa vontade. Nós somos feitos sem conhecimento de causa. Podemos ser Átila ou S. Francisco de Assis. É o interior do nosso cérebro que o determina.
À nossa volta pulsam forças incomensuráveis, os limites do Espaço é indeterminável, não sabemos "dentro de que espaço" se movimenta o nosso chamado de Universo e, curiosamente, pensamos que embora o Espaço possa ser como um acordeão que ora se contrai, ora se distende, a última teoria diz-nos que ele atravessa uma fase de expansão a uma velocidade incrivel. Haverá ainda Humanos que olhem o céu à noite e o vejam despido de corpos luminosos? No CERN procura-se a "Partícula de Higgs", também conhecida pela designação poética da "Partícula de Deus". Será ela, se existir, o verdadeiro Olho de Deus que pela sua Força e Infinita Dimensão está em toda a parte e tudo vê?

(16:20) - Se tudo é tão complexo e tão perfeito/ Se o ferro humano é a carne das supernovas/ Se Ennya e Pavarotti são a carne das nossas almas/ Quem então pariu esta Maldade Humana / Que a Bondade cega dos Inocentes / Não é capaz de ceifar / Para que uma nova Humanidade nasça, (16:30).

quarta-feira, 14 de março de 2012

COIMBRA "ALMA MATER" (recordando os meus alunos, dos anos 80)

Na Cooperativa de Ensino de Coimbra desempenhamos funções de Orientador Pedagógico e de simples Professor de História. Há nesta memória dois corpos distintos, na sua origem, entrelaçados pelo "jogo do Destino" que, pouco a pouco, como quem lavra um campo, irei decifrando. Como Professor tive alunos que ainda hoje relembro pela sua jovialidade e pelo empenho no seu trabalho, Por exemplo, a Isabel, a Maria Fernanda, o Paulo, o André, a Conceição, o Pedro. Era comum irmos todos, alunos e professor, para a antiga cave do ACM, na rua Alexandre Herculano, preparar os testes a realizar dias mais tarde, ou o exame oficial. Dois destes alunos, pela sua jovialidade, por terem um grau de socialização mais evoluído criaram connosco uma forte empatia. O Pedro morava numa rua ao cimo da Tenente Valadim que nos conduz ao Cemitério da Conchada. Era uma jovem muito peculiar: muito alto e magro, conduzia um a grande motorizada "todo o terreno" e tocava numa Banda (se não estou errado). O pai era um médico de idade avançada, a mãe de famílias nobres, segundo ele nos dizia. Entre outros colegas reuníamo-mos na mansarda da sua casa uma noite por semana. Tin ham aparecido, salvo erro, os GNR, e a rapaziada ouvia em deleite os delírios acústicos danova banda. E eu, professor de História de alguns deles, era...convidado por pura amizade. 33 anos depois posso afirmá-lo com verdade! Uma moça destacava-se entre as outras pela sua cultura musical, personalidade de senhora num corpo juvenil e. com uns olhos que me levavam a pensar, olhando-a por entre o fumo do tabaco e os urros da banda: "a Sherazade das Mil e Uma Noites não podia ser mais bela, mais fascinante, mais graciosa e mais hipnótica". Depois mudei de escola, fui admitido como Orientador na Escola Superior de Educação de Leiria, os rapazes e raparigas seguiram o seu destino, e a última vez que a vi, foi, ela a descer a Avenida Sá da Bandeira, com um "tailleur" vermelho vivo, como de vermelho vivo pintava os lábios e eu estava à janela do segundo andar do número 71. Entre ambos, a altura de dois andares, o Destino que separa alunos e professores, como médicos e doentes, pais e filhos e, os 20 anos que eu tinha a mais e ela a menos. Do Pedro, soube que tinha seguido a carreira de Assistente Social e era pai duma menina, salvo erro. Mas foi uma turma de eleição. Visitámos a Universidade de Aveiro, acabada de inaugurar e que em parte nos foi mostrada pela Doutora Alarcão, visitámos Lisboa, fizemos jantaradas em grupo, aulas ao ar livre no Jardim da Péla e na Sé de Coimbra, estivemos com com o nosso querido Mestre Professor Doutor Padre Nogueira Gonçalves, Diretor do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra que guiou uma nossa visita ao Museu Machado de Castro e ao seu Criptoporticum, tivemos uma aula ministrada pelo Professor Doutor Fernando Rebelo, catedrático do Departamento de Geografia e aquem pedíramos para instruir os nossos alunos sobre o impacto na História dos condicionalismos geográficos. Foi  nosso condiscípulo na Instrução Primária na Escola do Bairro de Costa Cabral. no Porto e mais tarde, por mérito próprio, duas vezes Reitor da Universidade de Coimbra, distinção rara já que a Geografia, como a História, ou as Línguas não são áreas académicas que forneçam muitos Reitores.
Hoje, passados 30 anos, sempre que voiu a Coimbra, subo a rua Tenente Valadim, olho aquelas casas onde vivi momentos de tanta amizade e pergunto-me: serão hoje felizes as mulheres e os homens que ontem ertam adolescentes incandescentes de alegria de viver? Deus o permita que sejam! (22:19)
(Professor Quinto Barcelos: 918.111.995)

quinta-feira, 8 de março de 2012

O DIA DA MULHER

Está um pôr do sol lindo mesmo à minha frente ao lado do Ipanema Hotel. Do meu 6º andar vejo o oceano a cobrir-se rapidamente de névoa. é o Dia ds Mulher, 8 de Maio, 5ª feira, 18:30. Na minha frente, mais abaixo, as duas pequenas torres onde se casou a Sofia de Mello Breyner, aqui, em Lordelo do Ouro.
"Tão frágil e tão poderosa / Que rosto lindo aquele / Que eu imaginava, escondido / saborear olhando-o entre o arvoredo / Hoje é uma núvem talvez / ou uma outra gaivota /que com aquela Gaivota-Ema que me amou e que partiu  / e que  voa em círculos na minha frente / sempre que abro a janela de manhã / e lhe peço perdão pelos pecados que pequei / Serão estes gritos das gaivotas /gritos de perdão ou de saudade?".

Partem sem se despedirem /rumo ao mar / em direcção aos farrapos vermelhos das núves solitárias / Vejo-as quase planar / parecem pedaços de almas / que um dia andaram connosco / as mãos dadas / e os olhos húmidos de presságios.

Fala-se da MULHER mas está por estar o TODO DA MULHER, como ~,Mãe, Filha, Moldadora da Geia, Deusa, Guerreira, Confessora das dores, das angústias, da solidão, das alegrias, das Noites de Natal, da Contadora de Lendas à luz e ao calor do fogo da lareira. A Mãe, o CORAÇÃO DA HUMANIDADE, o MILAGRE DA VIDA. Dentro de quem flutuamos durante 270 dias, como se fossemos pequenos peixes cdentro dum aquário? De quem é o sangue que nos alimenta e quem transferiu para nós o seu próprio sangue dissolvido nos nutrientes que o seu próprio organismo cria e injecta em nós dissolvido nos seus pensamentos, sonhos, tristezas, na sua própria inocência, na sua própria Força. A Mãe é a semente e a raíz e, quem insiste em considerar a Mulher como a serva, a escrava sexual, o ser inferior ao Homem, o "bicho" que deve caminhar calado e tapado como uma múmia viva, esse Homem, esses Governos, essas Reliões não existem aos olhos da Humanidade porque todos eles eles são dejectos, excrcências, defeitos de construção da própria Mãe Natureza, do Universo inteiro. Só uma Divindade Perfeita e um Homem justo se ajoelham diante duma Mulher digna e duma Mãe corajosa e lha beijam a orla do seu vestido. (21:20 - 14 de Março de 2012, 4ª feira).

(recordando Coimbra e a minha Universidade e a rua Particular A, 14 C-1º esq e o meu telefone 71337 e os pardais que me aguardavam como se eu fosse o seu pastor. Professor Quinto Barcelos, 918.111.995)
 A Rússia enquanto não proteger o seu Tigre Siberiano, não der total liberdade e protecção social e jurídica aos Povos Naturais da Sibéria, enquanto não deixar em socego as florestas sagradas da Sibéria e transformar esse Pulmão da Natureza nun Reserva Natural Protegida, o Brasil Irmão enquanto não der trabalho. dignidade e salários justos a quem trabalha e anular de vez a marginalidade que sacode para debaixo do tapete, podem crer que o Pantanal e a Amazónia vão para os Quintos do Inferno (para os bolsos de Wall Street e/ou das chamadas Novas Economias Emergentes).
Pessoalmente penso que não há Religião nem Sistema Político que salvem o Planeta.

O SARÁ  VERDE

Seria interessante, inédito e estimulante assistirmos a dois fenómenos grandiosos: o primeiro era o desaparecimento da senil U. N. Já está ultrapassadíssima face às necessidades e problemas que hoje existem, não podemos chamar Organização das Nações Unidas se, dentro da mesma pocilga coabitam as duas Coreias, O Irão e Israel, ou o Afeganistão e a Santa Sé, por exemplo. Devia-se criar uma nova associação de estados que, nos seus estatutos contemplasse a expulsão, sem apelo, dos estados opressivos, dos desonestos e dos animados de espírito de beligerância (os chamados "estados dementes, ou "doentes", se o preferirem).Obviamente que teria de ser apelidada  de qualquer coisa como: Liga das Nações Amigas ou, simplesmente, Liga das Nações Democráticas já que a Democracia é o mais Natural dos Dirieitos da Humanidade.
O segundo fenómeno grandioso era o Projecto Fénix - uma União de Estados dispostos a, com o "know how" dos maiores sábios em Agronomia, Climatologia, Hidrologia - e por aí fora - reconverterem, numa primeira fase os desertos do Saará e da Namíbia em Vales Verdes, luxuriantes (forma literária de dizer "produtivo"). E se os Holandeses são peritos em conquistar terrao Mar do Norte (duvido que o continuem a ser, infelizmente), já os Israelitas são perfeitos no regadio de...areais.Todos juntos, em nome da Sobrevivência da Raça Humana, seria bonito ver, daqui a 50-100 anos os maiores ex-desertos da Mãe-Terra tranformados em savanas repletas de fauna, de aldeias tradicionais e de bandos de crianças a brincar nas margens dos rios ressuscitados. A Madrinha deste Sonha-Milagre seria a Rainha do Reino da Jordânia.
Professor Quinto Barcelos (918111995)

terça-feira, 6 de março de 2012

Notícias da Lunda

Já vos disse no meu blogue Diamantesdalunda-bloguespot.com, que quando se passa, num espaço de 2 a 3 semanas, da cosmopolita Lisboa para a vastidão da LUNDA NORTE e, quando se trocam as montras e cafés do Chiado e do Rossio e da Rua Augusta pelos "muxitos" e pelas planícies onde um sol enorme se afunda num mar de ouro e sangue o choque mental perdurará por toda a Vida. Por isso compro a revista Africa e leio no Diário de Notícias, no Sol, na Visão, na Super Interessante, na Sábado, nos telejornais, nos debates televisivos TUDO o que se diz da minha Primeira Esposa, a Lunda. Trabalhar do Grande Museu Etnográfico do Dundo foi a honra maior que tive a seguir ao meu casamento com a belíssima professora de Latim e de Coimbra, Ema de Jesus Rodrigues, dfo nascimento da minha filha adorada, a Ema Gabriela (a nossa "Cuca"), da minha Licenciatura e pós-graduação em Coimbra e o meu Mestrado pela Universidade do Porto. Ou seja, viver na Lunda, trabalhar do nosso Museu do Dundo, conviver dia a dia, com o Sanjinje, o André Combóio e tantos irmãos que andavam comigo pelo mato como se todos fôssemos uma tura de estrudantes éstá para mim associado aos grandes momentos da vida deste modesto professor. Li, há poucos dias, com muita tristeza e com preocupação que "as condições actuais de trabalho" dos meus irmãos Lundas, Luenos e Quiôcos nas áreas diamantíferas são problemáticas. Não sei o grau de veracidade da notícia porque estou a milhares de quilómetros do Dundo, de Andrada, de Cassanguidi, do Lucapa, do Lóvua, do Camissombo, do Fucaúma mas, os trabalhadores da Lunda Norte já sofreram tanto com a exploração humana dos Portugueses da antiga Diasmang, depois com anos e anos duma guerra amaldiçoada por DEUS e por todos os Homens Justos que, os naturais da Lunda merecem ter Paz e serem Felizes. Confio que o Governo Legítimo de Angola que tanto tem feito por essa Terra Abençoada, que transformou um País em ruínas numa Terra de Promissão, confio piamente que tudo será esclarecido, se houver algum défice de justiça ou de humanidade ele será cancelado e TODA a Angola respirará tranquilidade e equidade. Será a melhor herança que os Governantes de hoje poderão deixar aos seus filhos e netos. Porque...quando o corpo arrefece, ao pobre e ao ministro, ao pescador e ao banqueiro, o dinheiro, e o poder, os trapos de roupa e as redes de pesca ficam sem o dono original. Môio ué! Professor José Quinto Barcelos 918111995

sexta-feira, 2 de março de 2012

Um Portugal diferente...na mesma?...

(FICÇÃO) - Ora bem,quando em Maio de 1986, com pompa e pose se ratificoi, no Mosteiro de Belém a nossa Adesão à Comunidade Europeia, toda a classe política, os grandes grupos financeiros locais e os grandes emçpreitteiros tiveram orgasmos de prazer. Estava plantada, já madura, a Nova Árvore das Patacas. Ia começar o Canibalismo Político em Portugal. Nas minhas aulaS e COMENTANDO COM OS ALUNOS este acontecimento eu alertava-os: "a nossa entrada na CE vai ser a destruição do nosso País. E, não sou Comunista partidário (embora o Comunismo DE VERDADE seja uma ideologia séria e humanista). "O professor, não seja péssimista, não exagere" replicavam os infelizes adolescenters, mal sabendo o Destino que os mafiosos políticos lhes reservavam. Os lobies de Bruxelas ordenaram ao PrimeiroMinistro da época: "abatam os vossos barcos de pesca e mandem os vossos pescadores à merda"- E o Governante em exercício com o rabo a abanar .egislou o abate de grande4 parte dos nosos barcos. A Espanha cuspiu nas ventas de Bruxelas e manmteve os seus barcos. Vamos a Vigo e deslumbramo-nos com essa Catedral de Pesca. Aleluia pelo Povo Espanhol! Depois Bruxelas voltou a morder-nos e ordenou: "cortem as oliveiras e as vinhas". E o Governante da época, com a língua de fora e a abanar o rabo legistou: "abatam-se vinhas e oliveiras, destruam a nossa agricultura"- E milharers de agricultores ficaram na miséria. E os Espanhóis e os Franceses, e os Italianos e os Gregos agradeceram e multiplicaram as exportações de azeite e vinho. Depois vieram as celuloses escandinavas e disseram: "oi, Pategos Portugueses, precisamos de pasta de papel e precisamos de milhões de eucaliptos. Vamos plantá-los na vossa terra. Precisamos de um Ministro da Agricultura que seja nosso funcionário". E o Governante da ocasião de coluna dobrada respondeu: "vocês mandam. Digam-nos quem vos convém". E nasceu um Ministro/funcionário duma celulose. E durante dez longos anos, com puro banditismo ecológico destruiu-se sistemáticamente a "floresta tradicional portuguesa", a histórica floresta herdada dos Avós dos nossos Avós e plantaram-se milh~es e milhões de eucaliptos onde as aves não põe ninhos e cujas raízes devoram o húmus do nosso Solo Pátrio e cujas raízes esgotam os recursos hídricos subterrâneos. Quando com alunos atravessámos a Espanha em direcção a Barcelona e a seguir a Andorra não vimos uma única mancha de eucaliptos. Aleluia pela Espanha! A política portuguesa além da cobarde é assumidamente anti-patriótica. Não se ouve UM ÚNICO GOVERNANTE a dizer que quer, que vai, proteger o nosso espólio arqueológico (que segundo as Saleccões do Reader's Digest de há mais de há uns 20 já afirmava que a "esperança de vida" da maior parte dos nossos monumentos seria de uns 15 anos.

E nasce o Centro Comercial, digo, Cultural de Belém

Quando coube, pela primeira vez a Portugal, presidir à Comissão Europeia os nossos governantes exclaram: "Tem que ser em grande! Temos que imitar o Grande Ramsés. Temos que mandar erigir um monumanto grandioso, em materiais nobres. Algo que deixe a Europa de boca aberta e de olhos em bico" !!! Toca a chamar uns empreiteiros conhecidos, um arquitecto da moda. O local tem que que ser especial. Em Belém como convém, ali donde saiu o Gama e por onde se passeava D. Manuel I. Mas Belém já está cheio e não convém deitar abaixo da Torre de Belém, nem o Mosteiro". Habilmente alguém lembrou: "E se encaixassemos o mostrengo vis à vis (isto é: "encostado") ao Mosteiro. Lado a lado, no género de um combóio de mercadorias?". "Excelente ideia" concluiram os sábios da governação e da arquitectura. "Bom, agora vamos a contas: quanto vai custar?" O orçamento indicava uns 17 milhões de contos - coisa pouca para uma nação paupérrima e com aldeias quase a morrer de fome. A obra nasce e o custo final andou pelos 40 milhões, se a memória não nos falha. Coisa pouca para um Povo que não tem um Destino para dar à sua juventude.
E a pergunta nasce: Queriam um espaço grande, para os ministros, assessores e imprensa? Tinham o convento de Mafra, nos arredores de Lisboa, com mil e uma vantagens. É enorme; levava-se para Mafra dezenas de ministros, dezenas de assessores, dezenas de jornalistas, centenas de seguranças, abria-se à Europa uma zona cheia de potencialidades turísticas e,  com dez vezes menos dinheiro,  reabilitava-se, informatizava-se, climatizava-se e dava-se serventia a uma das jóias do nosso Património Monumental. Prestava-se um serviço público de enorme utilidade, revelava-se aos olhos da Europa uma filosofia de rigos orçamental e de respeito pela nossa fragilidade financeira. Mas Mafra não servia? Tínhamos o casarão da Alfândega do Portocom as mesmas vantagens, com todo o Douro vinhateiro para dar a conhecer à Europa. Mas...poupar o Erário Público é, para os governantes desta país com as cuécas na mão, sinal de fraqueza, o que importa é dar uma imagem de "abastança maldita". Varram-se os pobres para debaixo das carpetes e soltem-se nas ruas os Porches, os Lamborghinis, os Ferraris, os Mercedes topo de gama.

E nasce um Ministro em Lambreta...

"Alegria" gritava o palhaço do Cirque du Soleil. Alegria grita o Ministro da Esperança Social a bordo do Audi 7. Mas o rapaz foi à tomada de posse da Vespa (ou seria Lambreta?). Ficava giro com o testo na cabeça.
Quando fazíamos parte do Instituto Democracia e Liberdade, dirigido pelo tão simpático Comamdante Soeiro de Brito (se a memória não me falha) fui convidado a integrar uma equipa de trabalho subsidiada pela Fundação Conraqd Adenauer. A finalidade era a de percorrer localidades do entro do País (Arganil, Oliveira do Hospital, Tondela, Mangualde, Lamego, etc.) e dar a conhecer o que iria mudar em Portugaql quando aderíssemos à Comunidade Europeia. No campo do Ensino, da Segurança Social, na Política agrícola, e por aí fora. Uns rapazes simpáticos da UNITA, comn seus blasers "a maneira" acompanhavam-nos e aprendiam. E tentavam convencer-nos que Angola iria ser The Paradise of Africa com belos "campus universitários" rodeados de zonas verdes, como já idealizava D.Pedro, duque de Coimbra, no seu regresso ao Portugal labrego, visionando uma nova universidade, à semelhança das inglesas, em pleno século XV.
Passaram-se já muitos dias desde que redigi as linhas de cima. Uma lesão muscular, com todaqs as dores e limitações inerentes tirou-nos o sabor e a seiva da escrita. Agora voltamos, impulsionados pelo decrépito espectáculo de ver e ouvir em todos os canais nacionais dezenas de "pweitos" em Economia, Finanças, Política (nacional e a outra), em resumo: uma procissão de gente desconhecida que emergiu à luz da Crise e, outra gente, a mesma de sempre, alguns que ainda são são resíduos do Antigo Regime e que depois de terem alojado os filhos e filhas na CP da Política Nacional (A Assembleia da República) ainda têm o despudor de fingir que "conhecem o segredo da solução para a crise". E há a rapaziada da Esquerda, principalmente Elas, todas inflamadas contra os abusos do Patronato e das Forças de Direita mas...trjando roupa de martca e, em cada sessão com vastidos, blusas, blaseurs diferentes. Cada dia, uma toillete nova. Tudo em nome das Classes Trabalhadoras. Só há duas mulheres, aliás duas SAenhoras que me prendem o coração e me apaixonam a Alma, Maria de Belém Roseira e a Excelentíssima Presidente da Assembleia da República - com aquele sorriso tão, tão, mas tão doce, capaz de fazer florir o Deserto da Namíbia.
O Algarve, reaerva preciosa do nosso Turismo tranformou-se numa coutada da Escumalha de Marginais que a nossa Administração Interna finge desconhecer porque este Ministro, Santo Dues, é uma tristeza nacional. O jovem Passos Coelho em vez seleccional à lupa "a gente exacta" para resolver sectorialmente as nossas diversas crises, pôs-se a "jogar às damas". Acertou nas Finanças, nos Negócios Estrangeiros devia ter mantido Luís Amado, no Exército colocava um militar idóneo, firme e sem ligações de compadrios, nem "peneiras" à D. Carlota Joaquina e, na Administração Interna só tinha dois caminhos: Francisca Van Dunen ou, Maria José Morgado - ou eu próprio, se elas não aceitassem. Este que lá está, que nunca se vê, nem se ouve, nem se lê, até pode ser um génio. Agora que o País está encharcado em lixo estrangeiro que veio para saquear, está à vista de todos, mas, Sua Excelência ainda não detectou. Sabem de quem é que eu tenho pena? É da nossa Admirável Polícia Judiciária que, com meios reduzidos, com Protecção Jurídica reduzida, com salários reduzidos, com Seguros de Risco reduzidos, com o Respeito da Classe Política reduzido e, com o desprezo dos Meios de Comunicação sempre enlouquecidos por crucificar um Defensor da Lei, ainda tem forças, ânimo e Espírito de Serviço para protegerem aqueles que adoptam a Decência como norma de vida. Talvez um dia o Senhor Prresidente da República se lembre de os homenagear.