2050  -  O FIM DAS RESERVAS ALIMENTARES OCEÂNICAS ?

No admirável filme com Roberto de Niro A MISSÃO a banda sonora assume uma expressividade tão conforme com o drama retratado pelo enredo denunciando a Maldade do Homem Branco, do Homem Ocidental, do Homem Cristão salta aos nossos olhos como se a sua sanha de destruição, de humilhação dos Inocentes, a sua fome de saquear o que lhe não pertence, a sua doença mental e moral que o incita irresistivelmente a violentar a Natureza tranquila e fértil vem ter connosco entristecendo-nos, inquietando-nos revelando aos nossos olhos amedrontados qual vai ser o Destino da nossa Casa Comum, o planeta.

Um outro filme inquietante que demonstra como a maldade do Homem Ocidental se enraizou no cérebro desta espécie humana como um novo órgão inamovível é Dança com Lobos. Também neste a admirável banda sonora revela-nos o contraste de um mundo soberbo e virgem, duma Natureza respeitada e em sintonia com o Homem Natural até que a chegada abrupta do chamado Homem Caucasiano equipado com os seus instrumentos de morte, o rifle, o colt, o whisky, a varíola e poderosas armas de fogo é capaz de em meia dúzia de décadas desfazer em cinzas milénios de harmonia e de cooperação netre o Homem Natural, as florestas, os rios e lagos e os oceanos.

O Homem Branco invade espaços que não lhe pertenciam, viola e massacra as populações originais, escraviza-as, obriga-as a assimilar conceitos estranhos à sua cultura ancestral, subjuga-as a religiões e a práticas que lhes destroiem a sua Pureza Original.

Ontem um dsocumentário do Odisseia deixou-nos petrificados: em 2050, se medidas extremas não forem concretizadas ao mais alto nível político,  os recursos piscatórios de espécies básicas da alimentação humana pura e simplesmente deixarão de existir: arenque, salmão, atum, bacalhau.

O documentário era filmado, curiosamente, a bordo de um moderno e poderoso arrastão, esse "aspirador da morte dos oceanos". No documentário vemos a tripulação a lançar ao oceano uma vastíssima rede de "malha proibida por lei" por ser demasiado apertada, e a extensão desta rede é de:


                             60 (SESSENTA) QUILÓMETROS


Numa área de 60 quilómetros esse artefato de destruição da vida  marinha RASPA COMPLETAMENTE o fundo das águas e assassina tudo o que encontra. Dia após dia talvez centenas destas máquinas de morte trabalham continuamente numa sanha de demência assassina.

Hoje vimos a desorientação dos ursos polares numa aflitiva procura de alimento nos fragmentos de gelo que se desfazem, em minutos,  por todo o Norte. Alguns já se alimentam de algas que vão buscar ao fundo das águas mergulhando como acrobatas de circo.

É a Terra inteira num ciclo de agonia que se acelera à medida que o Mundo Industrial inventa e cria novas máquinas que mais não são que instrumentos cada vez mais refinados e complexos cuja única e calculada viabilidade é a destruição do Homem.

Curiosamente o Homem tem conhecimento do seu Destino a médio prazo; os Cientistas conhecem as consequências inevitáveis dos seus inventos; os Políticos são informados dos erros em funcionamento; os Pensadores (Sociólogos, Filósofos, Padres) refletem maduramente sobre esta Equação Humana mas, a Máquina do Destino está em marcha e Ninguém a pode deter - já nem os Deuses. No ADN humano despoletou-se o cromossoma da Destruição da Espécie, pelo menos da Espécie Caucasiana. Aliás a infertilidade do Homem Industrial é já o sintoma-padrão do início do seu processo de extinção.

            RESSOARÁ ENTÃO PELA TERRA INTEIRA UM UM HINO IMENSO
            DE ALEGRIA QUANDO NÃO MAIS HOUVER AUTOMÓVEIS E MÁQUINAS
            E TODAS AS AVES E TODAS AS BALEIAS E GOLFINHOS, TODAS AS ÁRVORES
            E TODAS AS ROCHAS E A AREIA DE TODOS OS DESERTOS FOREM LIVRES.