quinta-feira, 22 de março de 2012

A BELEZA DAS COISAS

Sanjinje, meu Irmão Quiôco, dorme em Paz.

Gostava de viver num País solidamente culto e com Amor profundo pela Arte. Um País com várias cidades desenvolvidas, com belas salas de concertos, com uma população culta, com ar próspero e que enchessem as salas de espectáculos para ouvir grandes concertos, grandes executantes, ver os mais inebriantes bailados, as mais inovadoras exposições de pintura e de escultura. Tenho tanta vergonha de viver num país com tanta gente parva, boçal, malcriada, um país com apenas, pasme-se, UMA ÚNICA GRANDE CIDADE!
 Mudem a capital pata Castelo Branco, porra!
 Lisboa é a maior maldição deste país! Devora tudo! O dinheiro, as grandes exposições (à nossa escala, obviamente...), os meetings internacionais, as grandes conferências. E ainda por cima...a Fundação Gulbenkian não gosta do Porto. Detesta o Porto. Gasta milhões a caiar as casinhas da Ilha de Moçambique, ou a dar lustro aos canhões de Malaca mas, com tantas centenas de obras de arte "em depósito" nos armazens das caves e com tantos biliões que recebe dos tais 5% do petróleo do Iraque bem que podia (deveria) honrar a segunda cidade da Mãe Pátria com um Museu de razoável qualidade. E TEM DOIS ADMINISTRADORES, PELO MENOS, DO PORTO (um deles meu antigo condiscípulo no Colégio Almeida Garrett, nos anos do Mário Sotto-Mayor Cardia, do Francisco Sá Carneiro, do Mário Cláudio, do Cálem, de tantos jovens idealistas e sonhadores, protegidos por Directores de excelência, o Reverendo Padre Guimarães Dias, o Reverendo Padre Adão -  uma alma tão doce que ele tinha! -, o Engenheiro Vieira de Araújo, o Engenheiro Vasco Teixeira entre outros). O Porto implodiu completamente. As ruas com um ar sujo e decadente, as fachadas dos prédios vandalizadas com grafites porcos, milhares de lojas fechadas, as ruas gloriosas de um comértcio florescente de há 70, 60 anos cheias de esterco e de marginais, o nosso Porto do Palácio de Cristal com os seus bailes de gala servidos com talheres de prata, o Grande Porto, com os seus admiráveis palacetes, como Amesterdão, Vioena de Áustria ou Colónia - destruiram tudo. Esta CORJA que se infiltrou no sangue da governação, estes virus que apodreceram as raízes, a alma e a seriedade de um Povo com Honra! A nossa admissão na CEE festejada a champagne por aqueles que sabiam que iam engordar ainda mais foi o golpe final no meu País, na minha Pátria, no meu Povo. E os mais novos? O que lhes vai acontecer? Lembram-se quando os "politiqueiros" nas eleições grasnavam alto e bom som: OS NOSSO JOVENS SÃO A NOSSA MAIOR RIQUEZA1

Oxalá que ardam todos no Inferno da História, como os - eucaliptos que alguém decidiu cobrir todo o paíos, para que asd aves não façam ninho, os veios subterrâneos de água se esgotem, o País arda com o óleo dessa árvore maldita e as celuloses (que os países sábios rejeitem) engordem com os lucros da pasta de papel.
 Quem é quem que anda por aí a pregar moral, com uma máscara à Moisés e fechou os olhos à destruição da nossa frota de pesca, à destruição da nossa agricultura, ao enterro da nossa Pàtria. Quem enriqueceu e quem empobreceu? Quem vai comparecer diante da Justiça? Leiam de nova Guerra Junqueiro e não esqueçam: uma República foi implantada com as mãos sujas de sangue, outra com as mãos cheias de prepotência e esta com a alma cheia malícia e de ganância. Boa noite (00:53).

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