domingo, 15 de julho de 2012

O CICLO DA VIDA

O CICLO DA VIDA

I  -  AS FLORES

Quem se curva sobre a terra a aspira o aroma duma flor?
E se essa flor não tiver aroma, quem se curva sobre a terra e se extasia com as suas cores?
Quem se detém na sua jornada da Vida e se curva sobre a terra e demora o seu olhar sobre o desenho de cada flór?
Quem parou de andar e se quedou a pensar sobre quem desenhou o desenho das folhas e quem quis que o pólen fosse um alimento da vida?
Nenhuma máquina por mais espantosa e sofisticada que seja, mesmo idealizada e produzida no século XL será capaz de criar uma flor com a pureza, a beleza e a mesma substância da mais minúscula, da mais simples, da mais vulgar das flores da montanha ou junto da margem de um modesto ribeiro.


No interior profundo do ventre da Amazónia nascem flores admiráveis, esplendores da Criasção, obras-primas do Mestre Invisível que tem o Poder de Criar e de lançar a Morte sobre todos os seres que respiram. Os nossos olhos fixam-se num ritual de adoração face a esse  espantoso desenho das pétalas, face a textura lasciva e inocente, aveludada e tenra das orqúídeas, as Rainhas da Amazónia.

Entre as flores há apenas Criação e Vida e quando morrem incarnam sob as raízes das que nascem num ciclo perpétuo de Eternidade.

O Período de Vida do Homem iniciou a sua Descida.

Os Comportamentos  Sociais e de cada indivíduo  retratam os Desvios que O Homem comete diariamente e que contrariam as Lei da Vida Natural.
A Alimentação humana não é mais humana. O Homem criou de motu pr+oprio alimentados artificiais, quimicamente adulterados, doentios. E o mesmo caminho de doença e de infelicidade trilhou na produção de bebidas, corrosivas umas, artificiais outras, substituindo a Bebida da Vida, a água pura por drogas líquidas feitas para produzir o dinheiro com que acelera a sua auto-destruição.

A Família dissolveu-se nas entranhas das grandes cidades esses laboratórios de novos Princípios e de Leis pensadas e aplicadas para misturar o Bem com Mal, o Puro com o Sujo, o Crente com o Ímpio, o Inocente com o Semeador dos Vícios.

E pairando sobre as imensas florestas de cimento as núvens escuras do Dinheiro que flutua como a mão espalmada de um Demónio demolidor da Felicidade e da Pureza humanas.

A Esposa deixou de ser a Divindade dos Lares e as Crianças a Razão de Viver das Sociedades.

Deixou de ser fértil a Semente da Esperança e quem lê os jornais, quem ouve a rádio, quem vê e ouve os canais televisos encontra apenas Dor, Injustiça, Corrupção e Morte. A Morte das florestas, dos rios e dos Oceanos, a Morte dos seres filhos da Criação da Vida; a Dor dos mais fracos, dos mais inocentes e dos mais puros violentados pelos agentes da Corrupção Humana, esse anjo maldito que se infiltrou sob a toga dos juízes, sob a bata dos médicos, sob a farda dos agentes da lei, sob os fatos luxuosos dos políticos e dos financeiros e a Injustiça dos que sofrem a miséria e o desprezo sem nunca encontrarem apoio nem proteção nem uma parca reparação da miséria que o Homem Velho lhes deu a beber.
Aguarda-nos, antes da destruição deste Homem Envelhecido e Sórdido, a visão bendita duma Revolução Sagrada  como a proclamou Cristo no Sermão da Montanha. Erguer-se-ão os Justos e os Ofendidos a juntos criarã um Rosto e uma Alma novos que será a Origem duma Humanidade Nova.

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