quinta-feira, 31 de maio de 2012

ERA UMA MULHER O PRIMEIRO DEUS DA HUMANIDADE

Entre 40.000 e 20.000 anos antes de Cristo o Homem de Neanderthal e o Homo Sapiens sapiens, com cérebros já capazes de raciocinar, de refletir, de idealizar um Mundo onde coabitavam Forças que com eles interagiam começam a divinizar uma necessidade intrínseca e espiritual onde o Sobrenatural era um seu "companheiro de viagem". O homem mais antigo, aquele em que a "centelha da inteligência" mais cedo se acendeu, o Neanderthalensis, sentiu uma necessidade imperiosa de, com as suas próprias mãos CRIAR a representação desse ser superior, dessa Força que ele pressentia existir e interagir com o seu destino. Nas regiões alemãs de Willendorf e de Hohle Fells, na zona alemã do Danúbio (mas também em França) apareceram pequeninas estatuetas antropomórficas esculpidas em marfim de mamute que, pela intencionalidade escultórica do seu corpo leva a crer que esses nossos antepassados criaram a PRIMEIRA REPRESENTAÇÃO DE UMA DIVINDADE DE TODA A HISTÓRIA.

Pequenas, 6 a 8 cms, todas elas são MULHERES. E todas elas representam a MUlher domo SEMENTE E FONTE DE CRIAÇÃO E DE VIDA.

O ventre fortemente dilatado, o Grande Ventre, cofre e produtor da Vida onde, dentro dele, sem que o Homem possa intervir, a Vida por uma acção sobrenatural nasce e toma forma humana. A vulva, também ela de lábios fortemente ditados indica o lugar por onde entrou a sopro da Força da Vida e por onde emergirá um novo ser, um continuador do clã, envolto, vestido com os líquidos sagrados do Sangue da Vida e da Plaqcenta, o alimento criado pela Mãe e que ela provavelmente ira voltar a ingerir para que a Dádiva Divina fique protegida dentro de si.

E finalmente os Seios, enormes e densos, plenos de leite e de vigor, o Alimento Sagrado da Cria, a cor Branca da Pureza e da Vitalidade, e o Vermelho, a cor da Criação, a cor da Vida enquanto não derramado, da Morte quando liberto do corpo por uma acção violenta. O Branco e o Vermelho cores que sempre acompamharam os Homens que, ainda hoje, conseguem sobreviver misturados em perfeita Harmonia com a Terra-Mãe.

Por tudo isto creio que não era necessário terem-se inventado inúmeros deuses, construído gigantescos templos e sustentado legiões de sacerdotes e sacerdotisas.

A Primeira Divindade que se acendeu dentro do "Homem mais antigo de todos os racionais" foi a Mulher-Semente-de-Vida, a Mulher que vivia em Paz com a Raça Humana e em Harmonia com toda a Natureza. E o seu diálogo com os homens, as mulhes e as crianças era no seio da Natureza virgem, sem templos, sem livros ditos sagrados, sem melopeias nem dogmas castradores da Liberdade que herdamos por Herança Divina.

Curiosamente a Sensibilidade Espiritual da Humanidade sente-se muito mais ligada a uma Mãe Divina. Daí o culto que ainda hoje, exaltadamente, no Mundo Cristão se presta a todas as Virgens Marias e muitas  Mulheres consideradas como divinas.

Curiosamente nos locais onde o Culto da Mulher Sagrada é considerado blasfemo, aí nunca apareceu até hoje nenhuma estatueta de mulher. No entanto, no Médio Oriente, uma Fátima  é considerada sagrada e merecedora de culto próprio pelos Fatimidas e na Península Ibérica, uma outra Senhora, também batizada "de Fátima" é o símbolo da Mãe que nos protege.

Mas seria mais belo para os Crentes adorarem-na entre os olivais, sentados na erva e absorvendo as energias da terra.

Um Culto a sério é a ligação do Espírito do Crente ao Espírito da Divindade sob o telhaqdo da sua casa ou no seio da Natureza intocável.








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