sábado, 3 de novembro de 2012

OS DIAS DE ONTEM


´
Ah, os dias de ontem

os dias bons de remanço soalheiro

os dias dos corpos nús


        ah, os rostos afogueados das nossas raparigas

        que só eram nossas no cérebro e na alma

        os rostos afoguedos no alto dos muros altos


e nós - como pardais debicando migalhas

os olhos acesos de amor autêntico

porque nos tempos antigos

amar era como o pólen que sacia as abelhas sagradas


         Passarsam os dias de ontem

        como as gaivotas que ao escurecer procursm o mar


                E agora?


que os muros altos já foram derrubados

e o nosso rosto ao espelho

é de alguém que  não reconhecemos


          Ah, os corpos nús e os milheirais
 
          onde estais amigos queridos

          para regressarmos todos

          por toda a Eternidade

          e mergulharmos nas águas frescas do Verão Antigo.      (12:42 - sábado)

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