segunda-feira, 16 de abril de 2012

CRIAR UM FILHO

Quando peguei pela primeira vez na minha filha recém nascida e vi aquela obra de arte fruto de benevolência da Criação, quando olhei parab aquele corpo tão frágil, feito de porcelana e seda e com um rosto onde a luz duma Divindade o envolvia eu perguntei para mim mesmo:
           "Será que eu serei capaz de criar com segurança este ser até ele ser adulto"?

Este carinho, este "medo de errar", esta FORÇA que nos leva a tudo fazer para fazer bem feito deveriam
ser linhas de rumo que nos guiariam até que o filho, ou a filha se erguessem fortes, sãos e justos, responsáveis e cultos, eficientes e felizes. E nos, os Pais sentir-nos-íamos serenamente tranquilos e, para o interior do nosso espírito sussuraríamos ´sorrindo também interiormente. FOSTE CAPAZ!

Mas, para criarmos um filho de forma correcta, sábia mesmo nunca nos deveríamos afastar de dois trilhos: manter a força interior que nos guia com prudência e com humildade para não errarmos e ao mesmo tempo não sonharmos com projectos que estão para além das nossaqs capacidades, das nossas forças e que, muitas vezes, tantas vezes são uma espécia de alucinação, de embriaguez emocional, de perda do equilíbrio racional e nos impulsiona para situações que nunca imaginaríamos serem provocadas por nós próprios. E nada é mais amargo e mais lamentável do que pais que se comprometeram erguer os filhos nem muito alto, nem muito baixo para apenas elevá-los à altura das suas capacidades e da vontade própria de um filho e, de repente, vê ruir o sonho porque o Sonho deveria ter a altura da copa duma cerejeira e os pais entenderam ser capazes de elevar o filho à altura dos Himalaias.

Erro! Erro grosseiro. Erro que afundou o barco da Tranquilidade, porque roubou a hipótese de um filho se realizar pelos seus próprios meios, escolher livremente o seu próprio rumo e ancorar num porto que podia ser o simples porto duma vila piscatória mas era aquele porto e aquele chão que era a sua escolha e que, para além de o fazer feliz lha dava a segurança que ele, em silêncio desejava e pedia.

Quando leio ou ouço notícias de desastres e nos informam que as vítimas, ou os seus parentes estão a receber o chamado "apoio psicológico" do Estado eu pergunto-me: e os pais a quem nasceu um novo filho não deveriam ter apoio  psicológico regular para entender as mudanças de comportamento ligadas à mudança dos ciclos das idades, para abrierem asmentes dos pais e dos filhos para a compreensão das Leis da Vida: o respeito, a disciplinas, o amor, a obediência aceite como bússola de mútua compreensão e cooperação.

Por isso as Escolas de quase todo o Mundo falharam e continuam a errar: nem se ensina a compreender a Natureza, a Terra como nossa incubadora e lar, a Natureza com todos os seus mistérios e soluções. A Escola deixou fugir entre os seus dedos a Esperança num Planeta mais respeitado e mais amado e a comprender, amar e aceitar a Família, nossa segurança e nossa linha de rumo quando à nossa volta só houver silêncio ou terra despida de flores e de frutos.

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