terça-feira, 10 de abril de 2012

ANGOLA CRESCE, NO BOM CAMINHO?

Leitor habitual da ÁFRICA 21 e semanal do SOL, visionando diariamente os noticiários e as mesas redondas, quadradas e rectangulares onde grandes especialistas (descobertos pelas televisões) expandem as suas doutas apreciações político-económicas, vou procurando decifrar se, Angola e Moçambique crescem (evoluem) de forma sábia, segura e acautelando o futuro dos seus filhos e netos ou...acossados pelas hienas do Capitalismo Internacional tudo vendem, ao desbarato, apressadamente e sem preservarem quotas de reservas naturais que, no futuro a médio prazo evitarão o descalabro económico e social que, aliás se vem repetindo do Congo à Nigéria onde, as matérias-primas preciosas de ambos são a causa do infortúnio e da miséria dos povos, há décadas.

No caso da nossa querida Pátria da Impala, lemos na África 21, último número, que o crescimento "a todo o vapor" do imobiliário sem que haja um número de compradores com o poder de compra suficiente estará a criar um imenso parque imobiliário sem a procura suficiente. Verdade? Exagero? Nós não estamos lá para ver e analisar mas, perante os ruinosos exemplos da Espanha, dos Estados Unidos e deste modesto Portugal (mais de um milhão de habitações às moscas) teremos muita pena se uma "bolha imobiliária" do tamaqnho do rio Zaire rebentar na economia angolana. Quando Angola mergulhou dramaticamente numa guerra (e perdoem-me relembrar esses anos de dor) quem eram os "amigos de todos os Partidos em desarmonia violenta? Precisamente os mesmos, oa TAIS QUE COMEM TUDO que cantava o nosso imortal Zéca Afonso. As grandes potências outrora imperialistas, os grandes empórios financeiros e industriais - todos aqueles que se estão nas tintas para os povos mais humildes e que mais facilmente confiam.

A entrada para o Governo de Angola do engenheiro Manuel Vicente, homem que deve saber planear e racionalizar com experiência poderá "acalmar" a fúria de investimento que, a tornar-se incontrolável e insano é só um passo. Crescer sim, mas na proporção do que se pode ter, na proporção das necessidades reais do povo real.

Lembro-me, quando vivi em muito novo nesse chão de terra vermelha, que havia no Centro e Sul de Angola grandes reservas de gado. E havia grandes plantaçõers de café e de algodão que, quando "em flor" se assemelhavam aos Alpes austríacos. Angola deve estimular a Agricultura e aqs Pescas - para sustento do Povo. E as águas territoriais de Angola devem ser para uma nova geração de Jovens Pescadores Angolanos. E fábricas têxteis e metalúrgicas. No Ensino não se deveria repetir o Erro Português - transformar o Ensino num negócio. Universidades sim, mas "pólos" das mais prestigiadas universidadesm para formar "profissionais de excelência". E o mesmo rumo para a Saúde: bons hospitais polivalentes (e há tantos médicos competentes reformados que gostariam de deixar uma obra - e muitos de retornar à Angola dos seus 20 anos). Não faltarão bons médicos, bons cirurgiões capazes de formar equipas pluridisciplinares angolanas. E porquer não 2 Faculdades de Medicina? Uma em Luanda, outra no Huambo, ou no Lobito, a Faculdade Dr. David Bernardino, por exemplo.

Bom, é já um pouco tarde, os anos pesam, a noite e o computador não são bons conselheiros para a coluna vertebral. Escrever no computador é como "passar a ferro" -faz doer as costas.

Felicidades para Manuel Vicente e oxalá que Angola, vá guardando parte das suas riquezas porque, daqui a 50 anos o mundo vai ser bem diferente e, é necessário ter comida no prato. Um abraço Angola. Môio ué!

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