domingo, 26 de março de 2017

Um breve regresso

Há já muito tempo que não tenho feeling mental para escrever. Não há notícias LINDAS a não ser no seio familiar de parentes unidos  ou de grandes famílias fortes na união e na poder económico e/ou político. O Donald Trump, por exemplo deve ser feliz, ou um Sheik do Dubai. Ou um grande pintor, ou maestro ou o dono de um rancho no Pantanal, Argentina ou Texas. Mas os 90% - será em excesso? - dos habitantes de Esfera não têm motivos para estarem felizes:os Oceanos crescem e tornam-se mais ácidos e lixeiras de plásticos; a Grande Barreira de Plástico agoniza, a temperatura global aumenta numa velocidade que não era expectável pelos mais competentes especialistas e, a miséria humana é imparável. UM POR CENTO DA HUMANIDADE DEVORA AS RIQUEZAS DUM PLANETA QUE DEVERIAM SER NACIONALIZADAS POR TODOS OS GOVERNOS. Vi há dias o crescimento do Rio de Janeiro passando da urbanização Deco para a "verticalidade irracional e lembrei-me das narrativas de meu Pai, meu Tio-Avô e da minha Avó Cecília Alice excelente pianista e apaixonada pelos Volkslieder que cantava com uma excelente voz de mezzosoprano.E todos falavam de um Rio lindo, sereno, com noites de uma temperatura cálida como seria o Verão talvez em Samarcanda. Era o Casino da Urca com toda a sua efervescente alegria de viver, era o Vasco da Gama de que meu Pai era sócio na época...há 90 anos um grande clube, eram as esplanadas onde depois do trabalho e há noite se enchiam de bons conversadores, artistas, escritores e poetas. E o programa mostrava hoje um Rio de Janeiro que se assemelha a um velho leão coberto de carraças - tantos são os monstruosos prédios quase colados e, nas suas costas, o oceano de favelas numa ressonância magnética da estupidez inteligente da ganância humana. A seguir vem a desertificação, os 98% de tubarões-martelo massacrados e os 5.000 elefantes mortos em 2 ou 3 anos. Portanto não há muito que dizer desde Westminster ao Tibet cuja cultura vai sendo engolida. Desculpem o pessimismo realista mas na realidade a Humanidade no fundo é um...pantanal de Servidão Humana. Um abraço amigo. (José Quinto Barcelos, licenciado pelaUniversidade de Coimbra - quando a Licenciatura eram 5 anos).

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