sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

REGRESSEI DEPOIS DE LONGO INTERREGNO

Muitas "novidades" aconteceram depois de me cansar (ou ter falta de tónus mental) de escrever no vácuo para o vazio. O Médio Oriente, terras perfumadas de jardins e bazares de sonhos com especiarias, trabalhos em seda, lã, cobre e preta, perfumes e uma estória antiga na voz de cada comerciante; o Médio Oriente das divinas cidades de Bagdade, a Preciosa, de Damasco a Deliciosa, de Mossul, a Sensual - este pedaço do Planeta que foi um dos mais belos sonhos da nossa infância e mesmo da adolescência este Médio Oriente de aromas e de noites feitas de brisa e de corpos tecidos pela mão de Deus, esta Terra Bíblica, Islâmica, criada na Cultura, na Tolerância e no Amor, esta Terra Universal está despedaçada, foi destruída e desgraçada pelos Ímpios Muçulmanos e Cristãos. Em Nome de Deus destruiram-se cidades e Templos Sagrados, em nome de Deus massacraram-se homens velhos e novos, crianças e violaram-se adolescentes e mulheres. Em nome de Deus, dizem-nos, destruiram-se mercados antigos e inocentes, bazares, lares inteiros onde viviam famílias honradas e laboriosas. E a loucura vai continuar. No meu País mudou-se o regime político, dizem-nos. De um neoliberalismo cástico de austeridade passou-se para um regime doce de quase austeridade. Gente boa partiu para outra dimensão vendo com amargura Portugal - é este o nome - no mesmo atraso intelectual, com os mesmos politiqueiros a fingirem-se de Esquerda e de Direita sentados nos mesmos restaurantes de luxo, vestindo-se nas mesmas casas de moda de luxo - mesmo entre os Verdes há roupa de marca e de alto preço embora um ou outro deputado ainda imberbe vá para o chamado Parlamento em fraldas de camisa como quem vai à casa de banho. Os gastos ministeriqais continuam em alta; os governantes não andam de transportes públicos nem vãqo trabalhar nos seus carros pessoais (como as professoras com filhos pequenas colocadas a 100 quilómetros de casa), ou os m+edicos e trabalhadores de serviços e operários. No interior, os camponeses (que cheiram mal aos Deputados) continuam a trabalhar de sol a sol  e a terem reformas de servidão feudal. E isto, Amigos meus, é Portugal.

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