sábado, 18 de julho de 2015

E O GELO TÃO PERTO DE NÓS.


Com 85% de probabilidades eu já não estarei sentado num jardim, não caminharei por uma rua ou estarei a ver um programa numa televisão integrada numa parede. Mas, vaticinam os melhores meteorologistas, os melhores Sábios do Clima, os descodificadores dos sinais da atmosfera e dos fenómenos cósmicos que - daqui a 15, 20 anos o clima na Terra vai modificar-se. Um arrefecimento global (ou será que os Trópicos não serão afectados?) envolverá todo ou grande parte do planeta e uma nova glaciação amordaçará  toda/ou parte significativa da Humanidade a décadas e décadas de frio intenso, inexistência de verões, redução drástica das colheitas, fomes generalizadas, quebras brutais  da demografia. Tudo o que conhecemos de "agradável" como o conforto, o convívio com a areia e as marés em dias temperados ou de muito calor, os passeios nos parques, a alegria das noites nos bares, nos cinemas ou simplesmente em passeios com grupos de amigos ou em família - todos estes momentos de "civilização ocidental e industrial" - tudo será varrido do nosso/vosso quotidiano.
Haverá mantas grosseiras tecidas nos teares antigos, a iluminação será precária e o aquecimento conseguido com o contacto dos corpos na mesma cama sob cobertores caseiros, peles de animais ou fogueiras que se apagam quando os corpos adormecem.

Claro que será a oportunidade do incremento da Era Nuclear - mas exclusiva para as cidades, para as fábricas de maior envergadura e instalações militares, para hospitais e, talvez, para os transportes públicos de maior dimensão: navios, combóios e aviões de passageiros, de guerra e de carga. Criar-se-ão limites de habitantes por cidade: os mais novos, os mais competentes, os mais saudáveis
incluindo crianças e adolescentes. Os mais débeis, os mais idosos, os menos qualificados terão que criar os seus próprios núcleos habitacionais em áreas muito afastadas dos centros mais importantes isolados e protegidos por campos eléctricos que impedirão a sua invasão pelos Indesejáveis.

E a febre dos grandes automóveis e as Classes Privilegiadas restringir-se-ão aos Governantes e aos Quadros Superiores da Manutenção da Ordem e das Condições de Vida das Metrópoles que possam sobreviver graças à sua capacidade tecnológica que suportam infraestruturas que permitam o continuar duma vida quase normal - até que a face do Sol mais poderosa e geradora de calor retorne a virar-se para a Humanidade e reaquecê-la recomeçando um novo ciclo de vida - isto é uma Civilização Nova.

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