(TROVA DO VENTO QUE PASSA) - Pergunto ao vento que pasa //
notícias do meu País //
E o vento cala a desgraça //
E o vento nada me diz //
E o vento cala a desgraça //
E o vento nada me diz //
Mas há sempre uma candeia //
Dentro da própria desgraça //
Há sempre alguém que semeia //
Canções do vento que passa //
Há sempre alguém que semeia //
Canções do vento que passa//
Mesmo na noite mais triste //
Em tempo de servidão //
Há sempre ALGUÉM QUE RESISTE //
Há sempre alguém que diz não //
Há sempre ALGUÉM QUE RESISTE //
Há sempre alguém que diz não...//
(Nestes dias de dor e de incerteza, neste mundo em que por toda a Terra, por todos os continentes, os sons que se ouvem já não são o suspirar do vento entre as plantas e as árvores das florestas, nem o rir solto e feliz das crianças, nem a voz harmoniosa de todas as aves da Criação, nem os contos e lendas antes de adormecermos mas apenas o choro e os gritos de desespero das famílias despedaçadas pelo matraquear sinistro das armas que se misturam com os brindes e os risos de luxúria dos Senhores da Guerra e da Morte - banqueiros e políticos corruptos, industriais que devoram as entranhas do planeta para enriquecerem com a Morte Anunciada da Natureza Virgem e Mãe, nestes dias de sombras e de tristeza resta-nos a voz para relembrarmos os Poetas da Vida e as mãos para o Combate Final pela sobrevivência do Homem Justo e da Terra que é o Lar da Humanidade. Defender o Futuro das nossas Crianças - é o que sobra ao Homem das ruínas que o Dinheiro semeou). Quinto Barcelos, F.L.U de COIMBRA / F.L.U. do PORTO
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