domingo, 24 de março de 2013
A INDIFERENÇA - UMA HOMILIA
A Indiferença é um Estado Moral Vegetativo.
O Indiferente encerrou A SUA MORALIDADE NUM CUBO DE CIMENTO.
O Indiferente é um actor que, melhor que os outros, conhece o valor intrínseco da prática duma
MORAL SADIA mas, por deficiência genética, está orientado, padronizado para viver num estado
de Indiferença perante o estado do mundo e a situação pesoal dos que o rodeiam.
Há dois tipos de Indiferentes: a) o Indiferente Abúlico e, b) o Indiferente Activo.
O Indiferente Abúlico age inconscientemente e, não é moralmente mal construido. Simplesmente
vive totalmente alheado do Bem e do Mal. Para ele, "tanto faz" que o vizinho do lado ganhe um
jackpot no Euromilhões ou que morra num acidente. Simplesmente só se preocupa com a sua vidas
pessoal. Quando muito, alarga a sua tolerância e o seu interesse aos familiares mais próximos.
O Indiferente activo é mais refinado, mais mentalmenter acutilante. Vive "farejando" a vida
dos outros, Pratica activa e permanentemente aquilo a que o Povo chama : "querer saber da vida
alheia".
O Indiferente Activo sente-se realizado se tem uma vida bem sucedida, se tem muito dinheiro, se
tem Poder e prestígio social quanto baste. Mas, simultaneamente, sente-se "inundado de felicidade"
se aquelas pessoas com quem convive "vivem mal, têm problemas de saúde, profissionais ou
familiares, se são infelizes - e, quanto mais infelizes são" mais o Indiferente Activo rejubila,
sente-se, por comparação, "muito mais forte", muito mais "superior". Olha-se ao espelho e nele
vê a imagem da sua pessoa como que divinizada.
Mas o Indiferente Activo é também um "fingidor exímio". Disfarça o seu prazer doentio (porque, a
sua estrutura mental está estragada de nascença - ele é um DOENTE MENTAL ACTIVO) com um
comportamento social afável, mostra-se "muito interessado" nos problemas alheios, finge-se muito
preocupado, solidário, oferece-se para "vir a ajudar se for preciuso" e revela até, se quiser refinar
mais a sua indiferença, uma forte tristeza e sintomas pegajosos de companheirismo mas, no seu
íntimo, sente-se ébrio de alegria e a sua satisfação atinge o auge pela dor alheia, pela miséria e
tristeza que "atinge os outros - mas não a ele". Alimenta-se da desgraça do seu próximo. E, quanto
maior for o número dos infelizes e maior for o seu infortúnio então, o Indiferente Activo sente-se
completamente realizado, sente-se "o maior e o melhor".
Este comportamente desviante e camufladamente paranóico estende-se aos problemas da Terra e
da Humanidade. Os estragos dos tsunamis ou dos tremores de terra, a Fome que devasta zonas do
planeta, o esgotamento dos recursos naturais ou a destruição das florestas e a extinção da vida
selvagem - tudo lhe é indiferente. Nem gosta de ouvir falar nessas ninharias.
A ÚNICA REALIDADE QUE LHE INTERESSA PESSOALMENTE É TER DINHEIRO,
SE POSSÍVEL A SAIR PELAS JANELAS, SAÚDE PERMANENTE, DESEJA VIVER MAIS
100 ANOS, SEMPRE RIJO, RICO E SÃO E, JÁ AGORA, VER A SUA PROLE NO
TECTO DO MUNDO, SE POSSÍVEL, SENTADA NO DORSO DA ESCUMALHA.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário