sábado, 27 de fevereiro de 2016

A MALDIÇÃO DO HOMEM BRANCO.


O Homem Branco, vulgo "o Homo caucasianus" é a semente e o fruto da destruição do nosso planeta e de todoas as suas maravilhas. Cada Povo tem es suas especificidades. Havia Povos - antes de serem exterminados - que adoravam as árvores antigas; os  "bosques sagrados"; as águas dos rios que traziam alimento, fertilizavam as terras, lavavam os corpos e eram o recreio de crianças e adultos. Havia Povos que adoravam as montanhas que afagavam os céus e outros que adoravam o fogo que jorrava do útero da terra. Havia Povos que adoravam a força e a generosidade do búfalo que lhes dava carne e peles para se abrigarem mas eram poderosos e pacíficos, companheiros fiéis nas Primaveras e nas neves dos Invernos. Havia Povos com religiões cruéis como os Mais ou os Incas e Povos que adoravam o Sol, deus criador e deuses místicos como os Egípcios e os Hindus. Mas nunca nenhum teve em mente um Plano para destruir irreversivelmente o seu próprio lar único e colectivo - a Terra.
Só o Homem Branco, o Homem Industrial, o Homem Financeiro, o "Homo economicus" se lançou na aventura louca, se transformou ao longo dos séculos no mais mortífero dos vírus. A mente e as duas mãos dessa espécie são a semente do mal, a destruição das florestas, a escravidão dos Povos Ingénuos e Puros. Os Povos Ameríndios - das Américas Central, do Sul e do Norte foram chacinados quase até à extinção; as florestas arrasadas pelo fogo e pelas serras eléctricas uma invenção moderna do chamado "espírito inventivo". O Homem Branco criou as armas mais diabólicas internando-se na investigação da Física, da Química e da Biologia. Armas cuja carne é a energia termonuclear que torna estéril e mortífera, por radiação, as planícies sagradas, os rios os lagos serenos e frescos que eram fonte de prazer e de vida. Armas químicas líquidas ou em pó cuja disseminação de poucas gramas massacram cidades inteiras. O Homem Branco leva a guerra, a destruição longe dos seus lares. Para a África escravizando a inocência do Homem Negro para lhe roubar o Iridium, os Diamantes, o Ouro, o Marfim, as Madeiras, a ALMA. Passa ao Oriente onde semeia a morte, a corrupção e a dor para roubar o Petróleo e vai mais longe chegando já às estepes da Sibéria e dos Polos para, dizem, "prospectar" e arrancarem as riquezas que ainda restam na nossa Casa-Mãe. Até que o Yellowstone acorde e numa semana as Bolsas de todo o planeta fiquem silenciosas e frias, cobertas por um lençol de poeira, monóxido de carbono e enxofre, E as grandiosas cidades europeias e americanas se transformem em tranquilos cemitérios. A tristeza maior é que toda a Vida do Planeta será destruída e os Inocentes terão a mesma Morte sem terem vivido o deslumbramento da Vida enquanto os seus carrascos irão morrer cobertos de jóias, da casacos de vison e de marta, dentro das suas mansões de mármore e de pau-santo, dentro dos seus iates e dos seus Lamborghinis ou Rolls-Royces. Mas o esterco pós-mortem será o mesmo: esqueletos com as caveiras de bocas abertas à procura do oxigénio que se lhes escapou das suas contas bancárias. Uns breves minutos são suficientes para desfazerem a Sodoma e Gomorra da vida política e moral de Portugal. Uma semana é o tempo útil para transformar em Silêncio e Morte o Planeta inteiro - a nossa "laranja" suspensa no frio do Espaço. E assim todos os pecados e ganância do Homem Branco ficam saldados. (sábado, 27 de Fevereiro de 2016.16:33. José António Quinto Barcelos, Mester pela Universidade do Porto). 

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